A melhor abordagem perante uma aluno disléxico é a multissensorial, ou
seja facilitar a aprendizagem utilizando todos os meios disponíveis: visual,
auditivo, oral, tátil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno use os
seus pontos fortes.
Assim, algumas dicas que poderão ajudar o professor no contexto de sala
de aula:
-Interessar-se genuinamente pelo aluno disléxico e pelas suas
dificuldades e especificidades e deixar que ele perceba esse interesse, para se
sinta confortável para pedir ajuda;
-Na sala de aula, posicionar o aluno disléxico perto do professor, para
receber ajuda facilmente;
-Repetir as novas informações e verificar se foram compreendidas;
-Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído;
-Ensinar métodos e práticas de estudo;
-Encorajar as práticas da sequência de ver/observar, depois tapar,
depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
-Ensinar as regras ortográficas;
-Incentivar o uso do computador como ferramenta de digitação de texto;
-Incentivar o uso do corretor ortográfico de um processamento de texto;
-Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa, variada e
diferente: gráficos, diagramas, processamento de texto, vídeo, áudio, etc;
-Criar e enfatizar rotina para ajudar o aluno disléxico adquirir um
sentido de organização;
-Elogiar,de forma verdadeira, o que aluno disléxico fizer ou disser bem,
dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
-Incentivar a participação em trabalhos práticos;
-Nunca partir do pressuposto que o aluno disléxico é preguiçoso ou
descuidado;
-Nunca fazer comparações com o resto da turma;
-Não pedir ao aluno disléxico para ler em voz alta na sala de aula;
-Não corrigir todos os seus erros (evitar o uso da cor vermelha, para
não ser tão evidente os seus erros);
-Não insistir na reformulação, a menos que exista um propósito claro.
Quando se pretende criar algum tipo de material para disléxicos é
importante ter em atenção vários fatores que podem facilitar a compreensão dos
conteúdos:
-Use um tipo de letra clara e direita, tipo verdana, no tamanho 12 ou
superior, preferencialmente num tom escuro;
-Use espaçamento de 1,5 ou 2;
-Opte pelo negrito em vez de itálico ou sublinhado;
-Use texto não justificado ou justificado à esquerda, os espaços brancos
distraem o leitor disléxico;
-Faça frases e parágrafos curtos e objetivos;
-Estruture o melhor que for possível: use títulos, listas com números ou
bolas, esquemas;
-Comece sempre uma nova frase no início da linha e não no fim da frase
anterior;
-Opte pelas colunas em vez de linhas compridas;
-Use um fundo claro, mas sem ser branco;
-Use e abuse de imagens ou gráficos, ajuda o disléxico a reter a
informação;
-Não use abreviações e evite a hifenização;
-Use caixas de texto, caneta marcador para evidenciar partes
importantes.
Os pais precisam também aceitar o quadro e auxiliar.No coletivo,Família
e Escola, os resultados serão mais eficazes. A seguir algumas dicas/estratégias
viáveis e importantes:
-Incentivar a prática de exercício físico, em que se promova o atirar,
capturar, chutar bolas, saltar e treinar o equilíbrio;
-Incentivar a prática de atividades lúdicas e artísticas, como dança,
pintura ou outra que a criança se sinta inclinada;
-Incentivar o gosto pela leitura, usando a linguagem dos livros — as
imagens, as palavras e as letras — para perceber que os livros podem ser
analisados, lidos e desfrutados, vezes sem conta;
-Mostrar como segurar num livro, de que forma ele abre, onde começa a
história, onde é o topo da página e que direção segue o texto, apreciar as
imagens;
-Promover o aspecto cultural: visitar museus, assistir peças de teatro
ou musicais,conhecer outras cidades, etc
-Ajudar a criança disléxica a aprender a seguir instruções, por exemplo,
“por favor pega no lápis e coloca-o na caixa”, e fazer gradualmente sequências
mais longas, por exemplo, “ir à prateleira, encontrar a caixa vermelha,
trazê-la para mim”. Incentivar a criança disléxica a repetir a instrução antes
de a realizar.
Fonte: http://educaja.com.br
Postado por Rosangela Vali
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