sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dislexia - dicas.



A melhor abordagem perante uma aluno disléxico é a multissensorial, ou seja facilitar a aprendizagem utilizando todos os meios disponíveis: visual, auditivo, oral, tátil e cinestésico. Esta abordagem permite que o aluno use os seus pontos fortes. 

Assim, algumas dicas que poderão ajudar o professor no contexto de sala de aula:
-Interessar-se genuinamente pelo aluno disléxico e pelas suas dificuldades e especificidades e deixar que ele perceba esse interesse, para se sinta confortável para pedir ajuda;
-Na sala de aula, posicionar o aluno disléxico perto do professor, para receber ajuda facilmente;
-Repetir as novas informações e verificar se foram compreendidas;
-Dar o tempo suficiente para o trabalho ser organizado e concluído;
-Ensinar métodos e práticas de estudo;
-Encorajar as práticas da sequência de ver/observar, depois tapar, depois escrever e depois verificar, utilizando a memória;
-Ensinar as regras ortográficas;
-Incentivar o uso do computador como ferramenta de digitação de texto;
-Incentivar o uso do corretor ortográfico de um processamento de texto;
-Permitir a apresentação de trabalhos de forma criativa, variada e diferente: gráficos, diagramas, processamento de texto, vídeo, áudio, etc;
-Criar e enfatizar rotina para ajudar o aluno disléxico adquirir um sentido de organização;
-Elogiar,de forma verdadeira, o que aluno disléxico fizer ou disser bem, dando-lhe a oportunidade de “brilhar”;
-Incentivar a participação em trabalhos práticos;
-Nunca partir do pressuposto que o aluno disléxico é preguiçoso ou descuidado;
-Nunca fazer comparações com o resto da turma;
-Não pedir ao aluno disléxico para ler em voz alta na sala de aula;
-Não corrigir todos os seus erros (evitar o uso da cor vermelha, para não ser tão evidente os seus erros);
-Não insistir na reformulação, a menos que exista um propósito claro.

Quando se pretende criar algum tipo de material para disléxicos é importante ter em atenção vários fatores que podem facilitar a compreensão dos conteúdos:
-Use um tipo de letra clara e direita, tipo verdana, no tamanho 12 ou superior, preferencialmente num tom escuro;
-Use espaçamento de 1,5 ou 2;
-Opte pelo negrito em vez de itálico ou sublinhado;
-Use texto não justificado ou justificado à esquerda, os espaços brancos distraem o leitor disléxico;
-Faça frases e parágrafos curtos e objetivos;
-Estruture o melhor que for possível: use títulos, listas com números ou bolas, esquemas;
-Comece sempre uma nova frase no início da linha e não no fim da frase anterior;
-Opte pelas colunas em vez de linhas compridas;
-Use um fundo claro, mas sem ser branco;
-Use e abuse de imagens ou gráficos, ajuda o disléxico a reter a informação;
-Não use abreviações e evite a hifenização;
-Use caixas de texto, caneta marcador para evidenciar partes importantes.
Os pais precisam também aceitar o quadro e auxiliar.No coletivo,Família e Escola, os resultados serão mais eficazes. A seguir algumas dicas/estratégias viáveis e importantes:
-Incentivar a prática de exercício físico, em que se promova o atirar, capturar, chutar bolas, saltar e treinar o equilíbrio;
-Incentivar a prática de atividades lúdicas e artísticas, como dança, pintura ou outra que a criança se sinta inclinada;
-Incentivar o gosto pela leitura, usando a linguagem dos livros — as imagens, as palavras e as letras — para perceber que os livros podem ser analisados, lidos e desfrutados, vezes sem conta;
-Mostrar como segurar num livro, de que forma ele abre, onde começa a história, onde é o topo da página e que direção segue o texto, apreciar as imagens;
-Promover o aspecto cultural: visitar museus, assistir peças de teatro ou musicais,conhecer outras cidades, etc
-Ajudar a criança disléxica a aprender a seguir instruções, por exemplo, “por favor pega no lápis e coloca-o na caixa”, e fazer gradualmente sequências mais longas, por exemplo, “ir à prateleira, encontrar a caixa vermelha, trazê-la para mim”. Incentivar a criança disléxica a repetir a instrução antes de a realizar.

Fonte: http://educaja.com.br
Postado por Rosangela Vali



quarta-feira, 17 de abril de 2013

Autismo


Mas, atenção! Estes sinais não são fatores definitivos na avaliação. Bem como também há de se levar em conta a frequência deste tipo de comportamento. E, lembre-se: jamais rotule uma criança, isso machuca e prejudica o seu desenvolvimento. Psicopedagoga Rosângela Dagostin.

sábado, 6 de abril de 2013

Vale a pena ler este artigo



A psicopedagogia tem como ponto inicial o estudo da aprendizagem humana, que nasceu de perguntas sobre as dificuldades de aprendizagem, localizado além dos limites da Pedagogia e da Psicologogia.
De acordo com (BOSSA. 2007. p. 38):
[...] A psicopedagogia não nasceu aqui e tampouco na Argentina, Investigando a literatura sobre o tema, podemos verificar que a preocupação com os problemas de aprendizagem teve origem na Europa, ainda no século XIX.
A psicopedagogia surgiu na Europa, mais precisamente na França, em meados do século XIX , onde a Medicina, a Psicologia e a Psicanálise, começaram a se preocupar com uma opção nos problemas de aprendizagem e suas possíveis retificações. A corrente européia influenciou o começo da psicopedagogia na Argentina, e a mesma influenciou a identidade da psicopedagogia brasileira.
O século XX foi marcado pela expansão dos sistemas educativos das nações industrializadas, sendo a educação básica obrigatória em praticamente todo o mundo. O avanço das ciências da educação levou gradativamente as questões das dificuldades escolares para o sistema educativo regular, já que estas implicam em uma multiplicidade de causas cuja localização pode centrar- se no aluno, na família, no meio social, na escola, assim como nas características da própria criança, sua interação familiar e social, o processo ensino- aprendizagem e o próprio sistema. Também, no século XX, Maria Montessori, educadora e psiquiatra italiana, criou um método de aprendizagem destinado, inicialmente, às crianças com retardo mental, e que ficou notório pela expressão: "o que é bom para o excepcional é excepcionalmente bom para o normal".
A inclusão, ainda que decorrente da integração, se diferencia desta na medida em que preconiza que não são as crianças que devem ajustar- se às exigências da escola, mas sim ela deve reestruturar o sistema da educação, que se torne capaz de efetivamente cuidar de todos os alunos e não faça apenas adaptações para aceitar um grupo de alunos. A premissa maior é que todos têm direito a uma escola de qualidade e esta sim é que tem importante papel facilitador na integração social.
Na busca pelo reconhecimento dos direitos de todas as crianças freqüentarem a escola regular, se estabelece um conceito mais claro de NEE( Necessidades Educativas Especiais), que pode ser definido como: crianças que por razões congênitas ou adquiridas apresentam dificuldades de aprendizagem ao longo da escolaridade, as quais diminuem sua capacidade adaptativa ao meio, e por isso necessitam de atenção específica e de mais recursos educativos paraminimizar desvantagens e otimizar suas reais capacidades. É impossível se falar da inclusão sem lembrar da importância que a Psicopedagogia tem para que esse movimento.
A importância da Psicopedagogia aprimorou-se a delinear as diferenças entre os enfoques da Educação especial, crianças com distúrbios de aprendizageme da Psicopedagogia, já que o manejo psicopedagógico permite a realização do potencial de aprendizagem do sujeito impedido por fatores que desautorizam a apropriação do conhecimento, assim como o diagnóstico e a intervenção psicopedagógica promovem a melhoria das condições de aprendizagem, recuperação da auto-estima e socialização da criança.Diversos estudos mostram que o conhecimento tem grande importância na nossa cultura,o fracasso escolar atinge o indivíduo, a sua família e o meio social e pode gerar ou precipitar o aparecimento de problemas emocionais, comportamentais, familiares e sociais, em diferentes graus de gravidade, comprometendo cada vez mais o processo de aprender.
No Brasil a psicopedagogia surge por volta dos anos 70 , a partir da demanda de atendimento `a crianças com distúrbios de aprendizagem, trouxeram da França para a Argentina os aportes teóricos sobre a psicopedagogia, na qual o distúrbio de aprendizagem que terá ênfase maiornesta pesquisa, será o Transtorno de Déficit de Atenção sem hiperatividade, popularmente conhecido como TDA, distúrbios esses e entre outros, considerados incapazesdentro dos sistemas educacionais convencionais, todavia, oscursos direcionados na área só começam a se multiplicarem na década de 90. Atualmente percebe-se que a procura pelos cursos aumentou muito,porquea psicopedagogia contribui para uma maior reflexão sobre o processo de aprendizagem e o desvio do mesmo.
O termo psicopedagogia distingue-se em três conotações: como uma prática, como um campo de investigação do ato de aprender e como (pretende-se) um saber científico.Não é sinônimo de psicologia escolar ou psicologia educacional. É uma área de estudos recente, resultante de articulação de conhecimentos dessa e de outras disciplinas, apontando com novos caminhos para a solução de problemas antigos. Estende-se além da pedagogia e da psicologia no apreender no fenômeno educativo.
Segundo(Bossa 2007.p,29):
[...] Devido à complexidade do seu objeto de estudo, são importantes à psicopedagogia conhecimentos específicos de diversas outras teorias,as quais incidem sobre os seus objetos de estudos, por exemplo:
*A psicanálise encarrega-se do mundo inconsciente, das representaçõesprofundas, operantes por meio da dinâmica psíquica que se expressa por sintomas e símbolos, permitindo-nos levar em conta a face desejante do homem;
* A psicologia social encarrega-se da constituição dos sujeitos, que responde às relações familiares, grupais e institucionais, em condiçõessocioculturais e econômicas específicas e que contextuam toda a aprendizagem;
*A epistemologia e a psicologia genética encarregam-sede analisar e descrevero processo construtivo do conhecimento pelo sujeito em interação com os outros e com os objetos;
* A lingüística traz a compreensão da linguagem como um dos meios que caracterizam o tipicamente
humano e cultural: a língua enquanto código disponível a todos os membros de uma sociedade, e fala como fenômeno subjetivo, evolutivo e
historiado de acesso à estrutura simbólica;
* A pedagogia contribui com as diversas abordagens do processo ensino- aprendizagem, analisando-o do ponto de vista de quem ensina;
Os fundamentos da neuropsicologia possibilitam a compreensão dos mecanismos cerebrais que subjagem ao aprimoramento das atividades mentais, indicando-nos a que correspondem, do ponto de vista orgânico, todas as evoluções ocorridas no plano psíquico.
Compreende-se queessas áreas fornecem meios para refletir cientificamente e operar no campo psicopedagógico que pode ser preventivo e clínico. Esta pesquisa visa aprofundar-seno enfoque preventivo. Avalia-se que essas áreas, nos fornecem caminhos para refletirmoscientificamente e praticarmos, isto é, intervirmos no campo psicopedagógico de forma clara e objetiva. Resume-se de forma cautelosa as principais metas das demais áreas:
A psicanálise dirige-se aos conhecimentos de SigmundFreud com o principal objetivo de recorrer na compreensão dos diversos sintomas apresentadospela criança, o termo sintoma remete-se ao uso psicanalítico. O problema ou dificuldade de aprendizagem enquanto sintoma compara -se, na sua totalidade como sintoma conversivo, ou seja,observa-se que diante as patologias que surgiam no corpo e que não podiam ser explicadas pela medicina, Freud chega à noção do inconsciente não se manifesta de forma direta, mas aparece através das fraturas: o chiste, o lapso, o ato falho, o sonho e o sintoma. Entende-se a psicanálise como ciênciado inconsciente, permiti-sea compreensão do sintoma enquanto problema de aprendizagem percebendo –o como uma manifestação humana carregada de um significado.
Afirma-se que a psicopedagogia converge das outras áreas como pedagogia, medicina, antropologia, sociologia, filosofia, podemos considerar a epistemologia como defensora da certezaque ninguém pode aprender além do que suas estruturas cognitivas o permitem. Estuda-se que tanto a epistemologia quanto a psicologia genética,ambasencarregam-se de descrever o processo construtivo do conhecimento pela interação do sujeito com os outros.
A lingüística enfatiza-se no seu objetivo principal que é o estudo da linguagem, na qual esta é o ponto dematéria de outras áreas do conhecimento, como por exemplo: as que focalizam o comportamento social e psicológico do ser humano, baseia - se nos estudos da psicolingüística, participar, dando a sua contribuição como ciência de todos os estudos voltados para a investigações sobre a linguagem e pensamento.
A pedagogia ergue-se uma ponte primeiramente na psicopedagogia na qual apresenta-se como uma área de confluência do psicólogo( a subjetividade do ser humano enquanto tal) e do educacional ( atividades especificamente humana, social e cultural. Entende-se que essa ciência apresenta limites próprios da vida humana, engloba-se o social, o individual tanto transformadores quanto reprodutores, leva ao psicopedagogo a refletir seu papel perante as dificuldades de aprendizagens, apresentadas como demanda pela escola.
Preocupa-se com o saber e como é transmitido para que ocorra aprendizagem, na qual a verdadeira aprendizagem é aquela que se incorporaa nossa vida. Reflete-se que não aprendemos apenas para saber, mas para melhorar em qualquer sentido, para crescer, seja no físico , na saúde, no intelecto, na vida moral ou social, ou econômica, ou artística surge, então, o novo conceito de aprendizagem: aprender é modificar-se na escola e na vida. Afirma-se queo objeto de estudoprincipal nesta área é aaprendizagem, sabe-se que é um processo contínuo, no qual, há uma absorção gradativa do que vai ser aprendido pelo aluno para o qual são necessárias pré-condições que as favoreçam. Embora esse seja um processo contínuo, estuda-se que podem sofrer alterações ou mesmo apresentar dificuldades e tornar-se flutuante em determinado momento ou situação vivida pelo aluno. Verifica-se que são crescentes os problemas ligados as dificuldades de aprendizagem. A pedagogia embasada em estudiosos conceituados como: Piaget, Vigotsky, Freinet, Ferreiro, Teberosky e outros tem sido insuficiente para prevenir ou intervir nesses casos. A psicopedagogia surge para auxiliar na intervenção e na prevenção dos problemas de aprendizagens.

Autor: Barbara Nice